Na época do regime militar, era chique muito intelectualóide compor e cantar canções de protesto, com letras “cabeça” e muita cor vermelha nas idéias.
Porém eram tempos do “Brasil: Ame-o ou deixe-o”, quem ousasse cantar músicas que exaltassem o Brasil era visto com suspeita, e ganhava a fama de amigo dos “milicos”.
Por exemplo: por causa de mal-entendidos, o Wilson Simonal viveu o resto da vida dele sendo execrado pela esquerdalha artística, nunca mais fazendo sucesso.
Outro caso é o da dupla Dom & Ravel (foto), que por cometerem a “heresia” de compor músicas como “Eu te amo meu Brasil” (que ficou mais conhecida nas vozes do grupo Os Incríveis) foram também relegados ao ostracismo.
Bom, sei que é questão de gosto, mas na minha modesta opinião, é “chatésimo” demais ficar ouvindo aquelas canções do Chico ou do Caetano, coisas rebuscadas que são erroneamente chamadas de MPB (Música Popular Brasileira).
Rebuscadas sim, e como eu detestava, na minha época de estudante, quando alguma professora de Língua Portuguesa vinha com aquelas letras enjoadas e cheias de frescura, para exercícios de interpretação textual.
Música popular para mim é algo como as canções do Luiz Gonzaga, que falavam das coisas do sertão, ou aquelas músicas sertanejas de raiz que eu ouvia, ainda criança, no programa do Zé Béttio na década de 1980.
A MPB nada tem a ver com essa lixeira de “sertanojo”, axé e esses pagodinhos dor-de-corno. E muito menos com essas coisas estilo “intelectual-cabeça” do Caê, Chico ou Gil.
Hoje, muitos daqueles cantores, jornalistas e artistas da esquerdalha estão mamando nas tetas da República, ao contrário de outros que, por exaltarem as coisas do país, foram jogados no esquecimento, como o cantor e compositor Ravel, que faleceu ontem, 16 de junho.
Que Deus o tenha.
E que Deus mande ao nosso Brasil (que já não quer ser mais varonil) artistas com cabeça, e não “artistas-cabeça”, que saibam falar ao povo sem ser pedante, entojado e chulo.