Num contexto de grande agitação na Europa, causada pela revolução protestante, se por um lado muitas pessoas largaram a verdadeira fé por alguma igrejola qualquer, por outro lado muitas outras se mantiveram firmes, e perseveraram na Igreja até o fim, chegando às vias do martírio, se necessário. Uma dessas pessoas foi o padre jesuíta português Inácio de Azevedo (1527-1570).
De origem nobre, Inácio teve ótima educação, chegando a cuidar dos negócios da família ainda jovem, até que depois de um retiro, decidiu mudar de vida e entrou para a Companhia de Jesus em 1548.
Os jesuítas desempenhavam um grande papel missionário no Velho Mundo, trabalhando pela conversão dos hereges e conscientização dos católicos; faziam suas missões também entre os selvagens da América, sobretudo no Brasil, onde são destaques as figuras do padre Manuel da Nóbrega e do bem-aventurado padre José de Anchieta.
Da mesma forma que na Europa, onde enfrentavam dificuldades, também sofriam para anunciar o Evangelho entre os gentios, adeptos dos mais bárbaros costumes (como a poligamia e a antropofagia), mesmo entre aqueles que já haviam sido catequizados; os próprios colonos europeus se deixavam dominar pelos vícios do lugar.
Por isso era necessário um reforço à evangelização do Brasil, daí é que foi enviado o padre Inácio. Depois de avaliar o trabalho de missão, além de ajudar a realizá-lo, ele solicita por carta, aos superiores da ordem, mais reforços para a evangelização.
O Pe. Anchieta, por correspondências, fazia menção aos benefícios que a visita de Azevedo trouxe, tanto que os habitantes de Salvador, na praia, quando do regresso desse último à Europa, celebravam-no, com insistência, que não demorasse a voltar.
Muitos foram os candidatos a missionário, contagiados que estavam do idealismo do Pe. Inácio, com grande ardor evangélico.
Foi então que na São Tiago, nau onde era levado o novo governador do Brasil, D. Luís de Vasconcelos, embarcaram Inácio de Azevedo mais trinta e nove companheiros, dispostos a enfrentar as feras, os selvagens, as doenças tropicais e... os piratas, elementos que infestavam os mares com roubos e mortes.
Enfim, durante a ida até Las Palmas (nas Canárias), a nau foi alcançada em alto-mar pelo corsário francês Jacques Sourie, um fanático anticatólico que partira de La Rochelle com o intuito de caçar jesuítas. Durante a luta, os religiosos empunhavam o crucifixo, proclamando em altos brados a sua fé, até a morte. Pe. Inácio abafava as injúrias dos calvinistas com exortações aos irmãos, além de advertir os hereges sobre os riscos da condenação eterna.
Depois da morte do capitão da nau, a gentalha herética conseguiu dominar o navio, trucidando com fúria inigualável a todos os passageiros, menos um, João Sanches, cozinheiro feito escravo.
E morreram Inácio de Azevedo e seus companheiros, os quarenta mártires que deram a vida pela difusão do Evangelho e o Reino de Deus.
Dos quarenta missionários assassinados, eram nove espanhóis e trinta e um portugueses, sendo Inácio de Azevedo o mais velho, com quarenta e três anos, e o estudante Luís Rodrigues o mais moço, com apenas dezesseis.
O culto aos quarenta mártires foi oficializado pelo papa Pio IX em 1854, e o dia deles no calendário litúrgico é 17 de julho.
Bibliografia
SGARBOSSA, Mário, GIOVANNINI, Luigi. Um Santo para Cada Dia. São Paulo, Editora Paulus, 1996.
ARRÁIZ, Pe. Santiago. Os Quarenta Mártires do Brasil. Arautos do Evangelho, São Paulo: Associação Arautos do Evangelho do Brasil, p. 20-24, JUL 2008.
Imagem disponível em:
http://www.santosdobrasil.org/pub/news/c2a4302a19bd30250fab38d730d858ba.jpg
De origem nobre, Inácio teve ótima educação, chegando a cuidar dos negócios da família ainda jovem, até que depois de um retiro, decidiu mudar de vida e entrou para a Companhia de Jesus em 1548.
Os jesuítas desempenhavam um grande papel missionário no Velho Mundo, trabalhando pela conversão dos hereges e conscientização dos católicos; faziam suas missões também entre os selvagens da América, sobretudo no Brasil, onde são destaques as figuras do padre Manuel da Nóbrega e do bem-aventurado padre José de Anchieta.
Da mesma forma que na Europa, onde enfrentavam dificuldades, também sofriam para anunciar o Evangelho entre os gentios, adeptos dos mais bárbaros costumes (como a poligamia e a antropofagia), mesmo entre aqueles que já haviam sido catequizados; os próprios colonos europeus se deixavam dominar pelos vícios do lugar.
Por isso era necessário um reforço à evangelização do Brasil, daí é que foi enviado o padre Inácio. Depois de avaliar o trabalho de missão, além de ajudar a realizá-lo, ele solicita por carta, aos superiores da ordem, mais reforços para a evangelização.
O Pe. Anchieta, por correspondências, fazia menção aos benefícios que a visita de Azevedo trouxe, tanto que os habitantes de Salvador, na praia, quando do regresso desse último à Europa, celebravam-no, com insistência, que não demorasse a voltar.
Muitos foram os candidatos a missionário, contagiados que estavam do idealismo do Pe. Inácio, com grande ardor evangélico.
Foi então que na São Tiago, nau onde era levado o novo governador do Brasil, D. Luís de Vasconcelos, embarcaram Inácio de Azevedo mais trinta e nove companheiros, dispostos a enfrentar as feras, os selvagens, as doenças tropicais e... os piratas, elementos que infestavam os mares com roubos e mortes.
Enfim, durante a ida até Las Palmas (nas Canárias), a nau foi alcançada em alto-mar pelo corsário francês Jacques Sourie, um fanático anticatólico que partira de La Rochelle com o intuito de caçar jesuítas. Durante a luta, os religiosos empunhavam o crucifixo, proclamando em altos brados a sua fé, até a morte. Pe. Inácio abafava as injúrias dos calvinistas com exortações aos irmãos, além de advertir os hereges sobre os riscos da condenação eterna.
Depois da morte do capitão da nau, a gentalha herética conseguiu dominar o navio, trucidando com fúria inigualável a todos os passageiros, menos um, João Sanches, cozinheiro feito escravo.
E morreram Inácio de Azevedo e seus companheiros, os quarenta mártires que deram a vida pela difusão do Evangelho e o Reino de Deus.
Dos quarenta missionários assassinados, eram nove espanhóis e trinta e um portugueses, sendo Inácio de Azevedo o mais velho, com quarenta e três anos, e o estudante Luís Rodrigues o mais moço, com apenas dezesseis.
O culto aos quarenta mártires foi oficializado pelo papa Pio IX em 1854, e o dia deles no calendário litúrgico é 17 de julho.
Bibliografia
SGARBOSSA, Mário, GIOVANNINI, Luigi. Um Santo para Cada Dia. São Paulo, Editora Paulus, 1996.
ARRÁIZ, Pe. Santiago. Os Quarenta Mártires do Brasil. Arautos do Evangelho, São Paulo: Associação Arautos do Evangelho do Brasil, p. 20-24, JUL 2008.
Imagem disponível em:
http://www.santosdobrasil.org/pub/news/c2a4302a19bd30250fab38d730d858ba.jpg
3 comentários:
O que não dá para entender é que você escreve como se a igreja católica, que nunca foi a primeira em nada, não tivesse mando queimar os que seguiam a Jesus e deixavam a mentira em que vocês sempre estiveram. Tirem as imagens e a mariolatria e aceitem a Jesuscomo salvador que o perdão descerá sobre a igreja católica, que não tem pioder nem autoridade para perdoar pecados de nunguém!
É chegado a hora de falar a verdade, ela virá sobre vocês e o ai de Senhor DEUS não poupará os mentirosos.
Escrevendo assim, você dá a entender que aqueles que deixaram o papado e a "mariolatria" e "aceitaram" Jesus como Senhor e Salvador estão impunes.
Já ouviu falar no "Destino Manifesto"? Nações indígenas inteiras foram exterminadas pelo americanos brancos, "escolhidos" por Deus para dominar o mundo.
O próprio Lutero era um cidadão que não tolerava quem lhe fosse contra.
E o grande João Calvino? Você fala que a ICAR queimou muita gente, mas se esquece que em Genebra muita gente também foi queimada, por não seguir os preoceitos da Bíblia tal qual Calvino acreditava.
O que tem a dizer sobre estas palavras que o próprio Cristo disse:
"Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos."
João 20:23
Essas palavras extraí de uma versão da traduçãodo J. F. de Almeida.
http://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/20
E então? A quem o Senhor Jesus deu poder de perdoar os pecados, a qualquer um?
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