sábado, 27 de setembro de 2008

São Pedro no Encontro Mundial pela Paz

Lendo a saudação do papa João Paulo II (que DEUS o tenha) aos participantes do Encontro Mundial de Oração pela Paz, em 2002, tem-se a impressão de que no mundo a vida dos cristãos católicos segue uma maravilha, como se fosse uma perene calmaria e brisa suave...
Ora ele saúda os cismáticos do Oriente (“Dirijo uma particular saudação ao Patriarca ecumênico, Sua Santidade Bartolomeu I e a quantos o acompanham; ao Patriarca de Antioquia e de todo o Oriente, Sua Beatitude Inácio IV...”), ora acolhe os hereges (“Saúdo os representantes do Arcebispo de Cantuária, Sua Graça Jorge Carey [anglicano], os inúmeros representantes das Igrejas e Comunidades eclesiais, Federações, Alianças cristãs do Ocidente; o Secretário-Geral do Conselho Ecumênico das Igrejas...”), ou saúda até aqueles que perseguem as populações cristãs ao redor do mundo (“Do mesmo modo, desejo apresentar as minhas cordiais boas-vindas aos representantes das diversas confissões religiosas: aos representantes do Islão, que vieram da Albânia, Arábia Saudita (!!!!), Bósnia, Bulgária, Egito...”).

Fazendo uma observação histórica sobre alguns perseguidores da Igreja desde a Antiguidade até hoje, já pensaram como São Pedro agiria, se tivesse a tolerância de Karol Wojtyla misturada com um pouquinho de CNBB? Como poderia ser a saudação do Príncpe dos Apóstolos durante uma hipotética reunião pela paz, com alguns inimigos históricos da Santa Igreja?
Seria mais ou menos assim:

“O fim é sempre o mesmo, rezar pela paz, que é acima de tudo um dom de Deus.

Eu, Pedro, papa dos cristãos de Roma, dirijo minha cordial saudação a todos aqueles que se fazem presentes nesta nossa reunião em busca da paz mundial, do diálogo inter-religioso e da libertação de toda forma de opressão.
Saúdo a Anás e Caifás, legítimos representantes do judaísmo, pois se não fosse por eles, o nosso libertador não seria crucificado, para nossa libertação.
Cumprimento os representantes da religião de Júpiter, Vênus e Mercúrio; recebo fraternalmente os adoradores de César Nero; os mornos nicolaítas, que são para nós um exemplo de tolerância e respeito.
Quero dialogar, em profundo espírito pacifista, com os membros do montanismo vindos da Frígia, exemplos de espiritualidade edificante; recebo com um abraço fraterno a delegação do arianismo; os iconoclastas, sinais visíveis de combate à idolatria, na pessoa de Sua Majestade Imperial, Leão III, o Isáurico.
Recebo, como um pai recebe ao filho que vem de longe, os honoráveis Simão Mago, que tive o prazer de conhecê-lo na Samaria; Sabélio e Cerinto; Pelágio, testemunha da bondade natural e inerente do ser humano; e ao injustiçado Prisciliano, uma vítima da intolerância, a quem ofereço a minha solidariedade.
Quero beijar as mãos dos digníssimos patriarcas de Constantinopla, Suas Santidades Nestório, Fócio e Miguel Cerulário.
Dou as boas-vindas à delegação do deus Brama, vinda da terra antártica; aos xintoístas; aos comunistas, que promovem a igualdade a qualquer preço, idealizadores de uma sociedade sem patrões nem empregados, sem ricos nem pobres. Aos anglicanos, sob Sua Majestade Real, Henrique VIII; os luteranos, na pessoa do Dr. Martinho Lutero; os anabatistas, na pessoa do Ilmo. Sr. Tomás Müntzer; os puritanos e os quacres, que iam para a América do Norte, mas que resolveram fazer uma paradinha aqui em Roma, para prestigiar a nossa reunião.
Quero parabenizar os maniqueus e os adoradores de Mitra; os maometanos, nas pessoas de Omar, Tarique e o aiatolá Khomeini, grandes homens do Profeta e da religião da Paz; e é claro, não poderia jamais deixar de citar os espíritas.
Não me é possível citá-los a todos, mas quero que a minha saudação não esqueça nenhum de vós, gentis e amáveis convidados, a quem agradeço por terdes aceitado tomar parte nesta jornada tão significativa”.

Seria assim, mais ou menos, uma hipotética reunião pela paz, caso São Pedro fosse um papa tolerante. É inegável que João Paulo II foi um papa importante na História da Igreja, um ardoroso defensor da vida contra aquilo que ele chamou de "cultura da morte", entretanto falhou em querer atrair os infiéis e hereges, pois quis usar de "diálogo" e "misericórdia". Rezemos por ele.

E rezemos também assim: do ecumenismo irracional, livrai-nos Senhor!

São Pedro Apóstolo, rogai por nós!

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Trecho da saudação de S. S. o Papa João Paulo II disponível em:

http://www.santotomas.com.br/heresias/showquestion.asp?faq=3&fldAuto=15

4 comentários:

Anônimo disse...

Rezemos por nós!

Ele era o sucessor de Pedro, acaso o Espirito Santo o abandonou? Jesus esteve com os piores da época dele e pq o Representante dele n poderia?

Dizer que ele foi tolerante pareçe querer dizer frouxo. Ele foi muito severo tb, seus discursos eram de uma dureza muitas vezes.

O encontro de Assis, pode até ter sido incoveniente, e quem garante que ele sabia de tudo que ocorreria ali. Todos sabemos que são os secretáriso que arrumam tudo e se ele n sabia?Julgá-lo, ao meu ver é injusto.

E no momento de oração, foi cada um para sua tribo rezar, ao contrário de muitos padres que deixam no presbitério pessoas que n são de nossa Igreja, e isso n pode, diz no Redemptiones Sacramentum.

Theophilus disse...

Ecumenismo se faz com as igrejas separadas do Oriente, as únicas dignas deste nome. Com as assembléias de hereges se tem missão e esforço de conversão. Isso se entendia bem, era o verdadeiro ecumenismo até a década de 60 do século passado, a mais nefasta da história da humanidade. JP II teve como pontos positivos a promoção da cultura da vida e não ter cedido às pressões para sacerdócio de mulheres e fim do celibato dos sacerdotes, mas desrespeitou Nossa Senhora, de quem se dizia devoto, acrescentando um mistério no terço, deixou os pedófilos sacerdotes soltos no desenrolar dos casos e causou escândalo com os encontros de Assis e beijando o Corão. Um papa é julgado com mais severidade por Deus que um leigo, portanto oremos por ele.

Evandro Monteiro disse...

Ana Maria, eu só quis fazer uma comparação! Em nenhum momento ofendi (ou quis ofender e desrespeitar) a memória de João Paulo II, e é como o Theophilus disse, o papa Wojtyla foi um intransigente defensor do celibato clerical, da vida (como já tinha escrito) e ajudou a derrubar o delírio do comunismo no leste europeu!
Não sou sede-vacantista e nem "rad-trad", e muito menos "fedelho" se você ponsa assim, ao indagar se o Espírito Santo o havia abandonado, e nem estou julgando um pontificado inteiro por um fato isolado!
Sim Ana Maria, "foi cada um para sua tribo rezar", mas isso abriu um perigoso precedente, os demais membros do clero modernista confundiram diálogo com irenismo, é só ver as horríveis obras de Carlos Mesters e Marcelo de Barros, sem precisar citar Boff e Betto.
É como o Theophilus diz, "Ecumenismo se faz com as igrejas separadas do Oriente, as únicas dignas deste nome. Com as assembléias de hereges se tem missão e esforço de conversão"; nunca concordei com dialogar com os nossos inimigos, como o Islã, São Francisco dialogou com o sultão, mas para convertê-lo!

Anônimo disse...

Evandro,n disse que vc é nada, apenas dei minha opinião sobre o texto. Quando quero falar alguma coisa alguém n mando recado, falo na lata.


Mas já percebi que n se pode falar nada ultimamente e logo vem a cair na malha do cvII.