Palavras do Pe. Edvino Friderichs, SJ sobre a Inquisição espanhola:
“Será difícil encontrar algum artigo espírita que fale contra a igreja, sem mencionar os horrores da Inquisição. A Inquisição era uma instituição destinada a fazer averiguações sobre as doutrinas falsas, perigosas e principalmente heréticas e sobre o modo de reprimi-las. Em si, era uma instituição sã, razoável e justa. Pois a Igreja recebeu de Cristo não apenas a missão de ensinar e santificar todos os povos (Mt 28, 19), mas também de governar (Mt 18, 18), de cuidar que se observe tudo o que Cristo mandou (Mt 28, 20) e de salvaguardar fielmente o sagrado depósito da fé. Por isso, no Apocalipse, o Senhor louva os pastores vigilantes e firmes na repressão dos hereges (2, 2-6) e dirige censuras aos que a descuram (2, 14-15.20). neste sentido há muitos textos: At 20, 28; 1Tim 1, 20; Mt 18, 17. A heresia visa destruir a fé. O herege se revolta contra a autoridade de Deus revelador, hostiliza a Igreja fundada por Cristo e assassina muitas almas imortais. Neste sentido é um verdadeiro criminoso e merece castigo. Só quem não conhece o valor da fé e a imensa vantagem da unidade do povo pela mesma fé, não pode também avaliar o imenso mal que semeia a discórdia, a desordem, a separação e a incredulidade. Note-se ainda que na Idade Média a heresia andava geralmente aliada com idéias anti-sociais, que ameaçavam a existência do próprio Estado... e assim os interesses do Estado se identificavam com os da Igreja. Na mentalidade daquele tempo, a heresia era considerada verdadeiro crime. Mais: naqueles tempos a tortura era um meio comuníssimo em todos os tribunais da Europa, para apurar a verdade. Além do mais, a Inquisição espanhola era civil e eclesiástica ao mesmo tempo, e por isso não podemos responsabilizar só a Igreja por todos os abusos. O poder civil serviu-se desse tribunal e procurou subtraí-lo à autoridade de Roma. Mais de uma vez os Papas protestaram contra os abusos na Espanha. Há enormes exageros em relação à Inquisição, a ponto de o historiador protestante W. Cobett declarar que a rainha Isabel da Inglaterra ‘fez morrer, num ano, mais pessoas que a Inquisição, durante toda sua existência’.”
“Será difícil encontrar algum artigo espírita que fale contra a igreja, sem mencionar os horrores da Inquisição. A Inquisição era uma instituição destinada a fazer averiguações sobre as doutrinas falsas, perigosas e principalmente heréticas e sobre o modo de reprimi-las. Em si, era uma instituição sã, razoável e justa. Pois a Igreja recebeu de Cristo não apenas a missão de ensinar e santificar todos os povos (Mt 28, 19), mas também de governar (Mt 18, 18), de cuidar que se observe tudo o que Cristo mandou (Mt 28, 20) e de salvaguardar fielmente o sagrado depósito da fé. Por isso, no Apocalipse, o Senhor louva os pastores vigilantes e firmes na repressão dos hereges (2, 2-6) e dirige censuras aos que a descuram (2, 14-15.20). neste sentido há muitos textos: At 20, 28; 1Tim 1, 20; Mt 18, 17. A heresia visa destruir a fé. O herege se revolta contra a autoridade de Deus revelador, hostiliza a Igreja fundada por Cristo e assassina muitas almas imortais. Neste sentido é um verdadeiro criminoso e merece castigo. Só quem não conhece o valor da fé e a imensa vantagem da unidade do povo pela mesma fé, não pode também avaliar o imenso mal que semeia a discórdia, a desordem, a separação e a incredulidade. Note-se ainda que na Idade Média a heresia andava geralmente aliada com idéias anti-sociais, que ameaçavam a existência do próprio Estado... e assim os interesses do Estado se identificavam com os da Igreja. Na mentalidade daquele tempo, a heresia era considerada verdadeiro crime. Mais: naqueles tempos a tortura era um meio comuníssimo em todos os tribunais da Europa, para apurar a verdade. Além do mais, a Inquisição espanhola era civil e eclesiástica ao mesmo tempo, e por isso não podemos responsabilizar só a Igreja por todos os abusos. O poder civil serviu-se desse tribunal e procurou subtraí-lo à autoridade de Roma. Mais de uma vez os Papas protestaram contra os abusos na Espanha. Há enormes exageros em relação à Inquisição, a ponto de o historiador protestante W. Cobett declarar que a rainha Isabel da Inglaterra ‘fez morrer, num ano, mais pessoas que a Inquisição, durante toda sua existência’.”
* * *
Bibliografia
FRIDERICHS, Pe. Edvino. Caixinha de Perguntas, sobre Religião e Superstições. 10ª Edição. Gráfica Vicentina Editora, Curitiba, 1996.
Bibliografia
FRIDERICHS, Pe. Edvino. Caixinha de Perguntas, sobre Religião e Superstições. 10ª Edição. Gráfica Vicentina Editora, Curitiba, 1996.
3 comentários:
Texto e bom você só se esqueceu de cita a parte das torturas as pessoas inocentes e o desrespeito a religião dos outros.
Tá bom, vá ao seu blogue e complete por mim, então.
E os judeus?
qual culpa eles carregavam?
crer no Deus único, fazia deles criminosos? ou o interesse da Igreja e dos Estados europeus era somente a expropriação de seus bens?
Quem conhece a história da Inquisição Espanhola, sabe dos interesses espúrios do Estado português e espanhol aliados à Igreja.
Muitos descendentes dos convertidos ao catolicismo sofrem sem poder retornar as suas religiões de origem.
E isso tudo deve ser encarado com normalidade?
José Negrão
Postar um comentário