sábado, 31 de outubro de 2009

Hipocrisia universitária

Um fato inacreditável ocorreu durante esses dias, numa universidade em São Bernardo do Campo-SP.
Uma estudante foi tratada com vaias e agressões verbais por usar um vestidinho tão curto e minúsculo que, como diz aquela frase, “dava até pra ver a etiqueta”.
Muito me admira essa reação tão explosiva de muitos estudantes da Unibambi, como agora a instituição de ensino é chamada.
Logo uma juventude tão ciosa da libertinagem que a caracteriza ficar escandalizada com os trajes sumários de uma colega?
Logo moçoilas que dormem com o namorido na casa dos pais?
Logo certos rapazes que freqüentam boates e passeatas de orgulho de não sei o que lá?
Logo uma mocidade que gosta de estragar a saúde nas malditas raves, com tanta droga e bebida, receber de forma tão violenta alguém que ficou chamando a atenção?
Um bando de maconheiros filhinhos de papai, vagabundos de marca maior, que antes deveriam se olhar no espelho antes de falar mal de outra pessoa!
Um monte de invejosas que morrem de vontade de ter a coragem de usar uma roupa chamativa daquelas!
Entretanto, sejamos justos: que respeito e dignidade a tal estudante queria, ao se expor daquela maneira?
Ora, “quem planta vento, colhe tempestade”, já dizia o famoso adágio.
Que homem iria respeitar uma mulher que mais se parece com mercadoria de açougue, com as carnes à exposição do grande público?
Que liberdade é essa que transforma o sexo feminino em mero produto sexual?
Por que para garantir o sucesso, uma mulher tem de mostrar “as partes” de forma tão exagerada?
Será que no Brasil só quem é “gostosa” e adepta da chamada “bundalização” sobe na vida?
Passou muito da hora de as mulheres repensarem o papel delas na sociedade.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A TL e os moradores de rua

Estudos demonstram, por exemplo, que boa parte dos moradores de rua de São Paulo — e isso deve ser verdade em todas as grandes cidades — são doentes mentais. Em alguns casos, a doença é efeito da droga; em outro, os males se conjugaram. Não há local para recolher e tratar essas pessoas ainda que a Prefeitura se dispusesse a tirá-las das ruas. Ao contrário: aqui em São Paulo, certa Escatologia da Libertação, cobrindo o rabo do capeta com a batina, advoga justamente o contrário: o “direito” que essas pessoas teriam de morar nas ruas. ONGs chegam ao requinte de distribuir cachimbos para o consumo de crack e um kit com seringa, água esterilizada e outros apetrechos para o uso de drogas injetáveis. Só falta fornecer mesmo a droga. A suposição, sempre, é a de que, já que o consumo é inevitável, que seja feito de maneira segura. Iniciativas como essas costumam contar com ajuda oficial.
Trecho do artigo "Drogas - o pacto com o demônio", de Reinaldo Azevedo. Disponível em:
Resumindo: vamos deixar fulano de tal viver de forma sub-humana nas ruas porque ele se sente bem?! Uma informação dessas é até um contra-senso, posto que os teóricos da TL gostam de arrotar palavras politicamente corretas a favor dos pobres!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Chupa esse limão, Ma$$edão!

Como repercutiu no mundo todo a conversão de quase meio milhão de anglicanos à Igreja Católica, fato que foi, inclusive, noticiado nas emissoras de televisão do Brasil, como a Globo e a Bandeirantes, a TV Recópia, que não passa de um clone muito mal disfarçado da não menos péssima TV Plim-Plim, ao invés de dar o braço a torcer diante de tão maravilhoso acontecimento, deixou todo o azedume que a inveja causa e passou a notícia de uma diocese nos States que entrou em falência por causa dos processos contra padres pedófilos.
Ou seja: a tal parcialidade do jornalismo da TV Recópia é tão verdadeira quanto a isenção do Jornal Nacional, é estorinha de faz-de-conta.
Só cabe a nós católicos mandarmos uma mensagem de apoio ao "bispo":
CHUPA ESSE LIMÃO, MA$$EDÃO!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pio XII explica a diferença entre "povo" e "massa"

Trecho da rádio-mensagem de Natal do papa Pio XII, em 1944:

Povo e multidão amorfa ou, como se costuma dizer, «massa», são dois conceitos diversos. O povo vive e se move com vida própria; a massa é por si mesma inerte, e não pode receber movimento sem ser de fora. O povo vive da plenitude da vida dos homens que a compõem, cada um dos quais — em seu próprio lugar e a sua maneira — é pessoa consciente de suas próprias responsabilidades e de suas convicções próprias. A massa, pelo contrário, espera o impulso de fora, joguete fácil nas mãos de um qualquer que explora seus instintos ou impressões, disposta a seguir, cada vez uma, hoje esta, amanhã aquela outra bandeira. Da exuberância de vida de um povo verdadeiro, a vida se difunde abundante e rica no Estado e em todos os seus órgãos, infundindo neles com vigor, que se renova incessantemente, a consciência da própria responsabilidade, o verdadeiro sentimento do bem comum. Da força elementar da massa, habilmente manipulada e usada, pode também servir-se o Estado: nas mãos ambiciosas de um só ou de muitos agrupados artificialmente por tendências egoístas, pode o mesmo Estado, com o apoio da massa reduzida a não ser mais que uma simples máquina, impor seu arbítrio à melhor parte do verdadeiro povo: assim o interesse comum fica gravemente ferido e por muito tempo, e a ferida é muitas vezes dificilmente curável.
Com o dito aparece clara outra conclusão: a massa — como nós acabamos de defini-la — é a inimiga capital da verdadeira democracia e de seu ideal de liberdade e de igualdade.
Em um povo digno de tal nome, o cidadão sente em si mesmo a consciência de sua personalidade, de seus deveres e de seus direitos, de sua liberdade unida ao respeito da liberdade e da dignidade dos demais. Num povo digno de tal nome, todas as desigualdades que procedem não do arbítrio, mas sim da natureza mesma das coisas, desigualdades de cultura, de bens, de posição social — sem menosprezo, é claro, da justiça e da caridade mútua —, não são de nenhuma maneira obstáculo à existência e ao predomínio de um autêntico espírito de comunidade e de fraternidade. Mais ainda, essas desigualdades, longe de prejudicar de maneira alguma a igualdade civil, lhe dão seu significado legítimo, quer dizer, que ante o Estado cada um tem o direito de viver honradamente sua existência pessoal, no modo e nas condições em que os desígnios e a disposição da Providência o tem colocado.

Texto completo em:
http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/speeches/1944/documents/hf_p-xii_spe_19441224_natale_sp.html (original em castelhano, traduzido por mim)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Convite a todos os amigos do blogue

Gostaria de convidar os amigos do blogue a visitarem a página do Recanto das Letras e conhecerem o meu espaço lá:
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/malacabado

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Igreja e homossexualismo

Não posso deixar de passar para vocês, prezados leitores do blogue, o seguinte pensamento, extraído de um pára-choques de caminhão:
"Se homossexualismo fosse normal, Deus teria criado Adão e Ivo".

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

E quem disse que eu sou democrático?

Quem foi que disse que eu gosto da demo-cracia?
Depois do vandalismo do Movimento dos Sem-Vergonha ter destruído várias laranjeiras de uma empresa no interior de São Paulo, aí é que fiquei mais "reaça", como os esquerdopatas gostam de chamar quem não reza pela cartilha deles.
Creio que o poder só deva ser exercido por quem tenha competência e capacidade, para que possamos viver numa sociedade com ordem, segurança e respeito à propriedade alheia.
A partir do momento em que o Estado não consegue impor suas regras a todos os níveis da sociedade - vide traficantes das favelas de São Paulo e, principalmente, do olímpico Rio de Janeiro - é necessário que sejam tomadas medidas mais duras.
Outra coisa: por que menor infrator, assassino e estuprador nunca é penalizado?
Por que a bandalha vermelha do MST invade, destrói e comete assassinatos e nada acontece?
Por que traficante tem regalias que nem o mais honesto trabalhador tem?
Por que os professores são obrigados a aturar alunos sem o mínimo de respeito, além do fato de que muitas vezes sofrem com a violência, causando traumas para o resto da vida?
Por que terroristas vermelhos que assaltaram e mataram pessoas inocentes são recompensados com bolsa-anistia, enquanto as famílias dos bravos soldados que foram mortos combatendo o bolchevismo guevarista sequer receberam um pedido de desculpas?
Mais uma coisa: no novo "mundo possível" lat(r)ino-americano bolivariano, brasileiros são perseguidos na Bolívia porque cometem o "pecado mortal" de ostentar coisas que os nativos não têm, é por isso que um estudante brasileiro foi assassinado recentemente. É a lei da inveja!
Na nova ordem da homolatria, a rapaziada alegre pode rasgar e queimar a foto do papa que não acontece nada, mas se um padre ousar combater essa gente do arco-íris é acusado de preconceituoso!
A resposta é bem clara: falta ordem e falta hierarquia!
Até dentro da Igreja vemos essa desordem, onde ministros leigos têm mais peso do que muito padre preguiçoso.
Os bispos tupiniquins, amparados pelo "1789 da Igreja" (o hiper-super-mega concílio dos concílios, o Vaticano II), desobedecem o Santo Padre abertamente, sobretudo em relação ao motu proprio Summorum Pontificum.

A verdadeira democracia - se é que ela realmente existe - é aquela onde uma sociedade viva baseada na justiça, na recompensa aos que trabalharam e agiram melhor, na punição dos faltosos e na busca da moralidade pública, tudo pelo bem comum da população.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Paulista recalcado? Brasileiro chateado

Todos, principalmente os cariocas, podem me chamar de invejoso, de que estou com dor de cotovelo, porque eu, paulista, torci contra a escolha do Rio de Janeiro para as Olimpiadas de 2016.
Não, eu não errei a escrita, é Olim-PIADA mesmo.
E outra coisa: não vou cair na hipocrisia de dizer que são as Olimpíadas do Brasil, como fizeram no Pan de 2007 no Rio de Janeiro, só que aí depende: se for pela conta paga, é do Brasil sim, mas só por isso.
Já digo logo que, se ao invés do Rio de Janeiro fosse escolhido um certo bairro da periferia "zonaléstica" paulistana de nome São Miguel Paulista, que é a terra natal deste que vos escreve, também seria contra.
E por quê?
Porque temos problemas demais para resolver, nossa educação está vivendo uma fase crítica de qualidade, só não vê quem não quer, a nossa saúde também vai mal das pernas, os nossos transportes estão aquém do mínimo necessário de dignidade, etc., etc. e etc., fora o quesito SEGURANÇA, que não é lá essas coisas.
Dá-se a impressão que com a Copa-14 e as Olimpíadas-16 tudo será perfeito, vai ficar que nem na música do Belchior, "tudo é divino, tudo é maravilhoso".
Esse ufanismo todo do "Brasil-potência", com direito a pré-sal já anda enchendo demais o saco.
É claro que era deprimente aquele clima derrotista que dominava o sentimento da nação há uns vinte anos, quando éramos tomados pela hiperinflação e pela dívida externa, mas também não vamos cair na besteira de que já somos os melhores do mundo em tudo, como agora.
O Brasil tem certas dívidas que ainda não foram pagas: temos, porventura, algum prêmio Nobel, por exemplo? Principalmente no ramo científico?
Quantos "brasucas" que vão para o exterior desenvolver seus projetos, porque aqui não temos condições?
Quantos outros que ficaram, heroicamente trabalhando para a grandeza do país?
Quem não se lembra daqueles trabalhos científicos da Aracruz que foram destruídos pela bandalha do MST?
Até os argentinos, que aqui são alvos de piada, têm o seu prêmio Nobel, como o Chile também.
Agora agüente sete modorrentos e longos anos de carnaval, bunda, futebol e aquela criançada chata que fica aparecendo na televisão, crente que estará competindo no Rio, como se todas tivessem essa oportunidade!
Escolha política, não mais que isso, do mesmo jeito que escolheram Pequim-08. É o igualitarismo até no esporte, com essa besteira de revezamento de sedes.
Custava escolher Madri? Lá está tudo quase pronto, uns 80%! Só porque a próxima olim-PIADA será em Londres?
Para encerrar: patriotismo sim, patriotada ridícula de copa do mundo, NUNCA!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O que são a "Universal" e o PT?

(...) O que é a Universal? Edir Macedo nada mais fez do que se apropriar das vertentes populares do catolicismo, dando visibilidade à sua dimensão, vamos dizer, mágica, coisa que a Igreja Católica Apostólica Romana, ao longo do tempo, mais combateu do que incentivou. Não custa lembrar que o santo mais popular do Nordeste, Padre Cícero, não é… santo! Até hoje, os pastores da Universal incentivam seus fiéis eletrônicos a pôr um copo d’água perto da televisão para que ela seja “ungida”. Em Dois Córregos, ouvíamos a bênção do Padre Donizetti, uma gravação transmitida pelo rádio - em latim! Estimulados por um sujeito que, depois, virou vereador (Pedro Geraldo Costa), púnhamos um copo d’água sobre o rádio. Também pertence ao catolicismo popular a tradição das benzedeiras - jamais reconhecidas pela Igreja. Os pastores de Macedo “benzem” seus fiéis. Mais do que isso: até outro dia, em programas de televisão, realizavam exorcismos às pencas - mas não aquele regulamentado pelo Vaticano. O de Macedo incorporou, para expulsá-las, as entidades das religiões de origem africana. A Universal (não custa lembrar que “católica”, em grego, quer dizer “universal”) criou uma indústria da fé com os elementos que a Igreja rejeitou. Não estou fazendo juízo de valor. Trata-se apenas de uma constatação.
Qual foi a “novidade” trazida por esse ex-funcionário público pobretão, hoje um dos homens mais ricos do país? A idéia do “desafio” feito a Deus, algo que ele importou de algumas seitas americanas. Isso a que se chama “Teologia da Prosperidade” nada mais é do que o estabelecimento de uma relação mercantil com a fé.
[...] Ele explica muito bem como a coisa funciona. É preciso que o crente veja o seu pastor como um homem destemido, intermediário entre o mundo celestial e o terreno. Ao fiel cabe fazer a sua parte, com a doação de dinheiro. Os amanhãs sorridentes estão garantidos. Nesta madrugada, enquanto a Record News reapresentava um jornal e depois reprisava as entrevistas de Renan Calheiros e de Lula, a outra Record garantia que, se tudo vai mal da vida do telespectador, basta que ele vá a uma Igreja Universal para participar de uma tal cerimônia dos 318 pastores. Mais tarde, enquanto Serra discutia o Orçamento do Estado e os problemas do Brasil na emissora chique, na outra, uma “empregada” ia fazer macumba no cemitério para ferrar a vida da patroa que a demitira. Por telefone, “amigas” davam testemunhos ao pastor dos males de que foram vítimas: coisa do capeta, do chifrudo, do coisa ruim. Tudo isso tem cura? Tem. Basta ir à Igreja Universal do Reino de Deus.

PT e Universal são duas máquinas de explorar a ignorância, a crendice, a miséria material e a pobreza espiritual. Também o partido, a exemplo da seita, exige uma disciplina de seus militantes - ambos, não custa dizer, cobram dízimo. Macedo põe os seus fiéis para lutar contra os demônios e as entidades malignas, responsáveis diretos por uma vida malsucedida. No PT, esse espírito mau são as “elites”. Tenho cá minhas dúvidas do que pode acontecer com a Universal sem Edir Macedo: é grande a chance de degringolar; tenho certeza do que vai acontecer com o petismo no dia em que não mais tiver Lula: vai se esfacelar em várias correntes.
O petismo está para a renovação da política como a Universal está para a renovação do cristianismo. Trata-se, cada uma no seu campo, de forças regressivas. Uma empurra o país para trás - e acreditem: empurra; o tempo dirá. A outra confere à vida espiritual uma dimensão meramente instrumental: pague, que Deus devolve. Sabem que sou católico e poderão dizer: “Não é assim na sua Igreja?” É claro que não é - ou, quem sabe?, ela estaria ganhando fiéis em vez de perder. Esta crítica, ademais, passa longe das denominações protestantes tradicionais, que levam a sério o seu ministério. Está claro a que “igrejas” estou me referindo.
Costumo dizer que não respeito nenhuma mais nova do que o uísque que bebo.
E não me venham dizer que estou atacando a liberdade religiosa. Se um vagabundo ocupa uma concessão pública de TV para dizer que faz milagres, ou ele prova o milagre - quero ver um - ou tem de ir em cana. Acusação: charlatanismo, curandeirismo, estelionato. Afirmo e dou fé: os pastores e “bispos” de Macedo, incluindo ele próprio, não fazem nem operam milagres. Tampouco são intermediários de uma intercessão divina e milagrosa. (...) [destaques meus]

Texto completo em:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-universal-e-o-pt-da-religiao-e-o-pt-e-a-universal-da-politica/