segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Midas e Médas

Na mitologia, tudo que o rei Midas tocava virava ouro.
Tem também um outro rei, que tudo o que toca vira outra coisa. É o rei Médas, que andou fazendo as suas em alguns lugares como o Iraque, por exemplo.
No tempo do Sadam Hussein, o governo de lá era um regime opressor e tudo mais, realmente, só que isso era um assunto única e exclusivamente dos iraquianos. Enquanto isso, a comunidade cristã era considerada uma das mais numerosas do Oriente Médio, vivia sob certa tolerância religiosa e tinha até representantes no alto escalão do governo, como o então ministro Tariq Aziz. Mas (sempre tem o mas...) tinha um cara xarope em Washington (leia-se Jorginho Bush) que encasquetou que titio Sadam guardava armas de destruição em massa no Iraque. Bom, aí o final da história vocês já sabem: o Tio Sam invadiu o Iraque, Sadam foi deposto e executado, um governo fantoche dos norte-americanos foi instalado em Bagdá e as tais armas, que serviram de pretexto para invasão, jamais foram encontradas.
E o que isso gerou? Essa história nós já sabemos também: os muçulmanos passaram a atacar alvos cristãos, destruir igrejas e assassinar vários irmãos nossos, não respeitando sequer a idade > não pouparam nem as crianças!
Por que citar Midas e a antítese dele, Médas? Porque essa história de "primavera árabe" não passa de mais um engodo, e a bola da vez é a Síria, já que na Líbia o coronel praticamente não manda mais por lá.
Se o pessoal dos States, da ONU, da OTAN ou qualquer outra coisa, resolver meter o bedelho pelas bandas de Damasco, o filme que estava em cartaz no Iraque pode ser visto agora na Síria. É lá onde correm diversos protestos contra o ditador Assad, e há muitos que o apóiam nem tanto porque gostam dele ou do partido, mas o fazem em troca de proteção, como podemos ler no texto abaixo:

Por "proteção", minorias na Síria defendem o regime

Por Marcelo Ninio, na Folha:
Natural de Homs, cidade que virou o centro dos protestos contra o regime sírio, o cristão Shaher Meida explica em bom português por que apoia incondicionalmente o ditador Bashar Assad. “Com ele temos proteção”, diz ele, que morou um ano em Belo Horizonte. “Sem Assad, o risco é a Síria virar um novo Iraque”. O temor de Meida é uma das explicações por trás do apoio que as minorias do país devotam ao regime, ainda que muitos critiquem o Estado policial e anseiem por mais liberdade. Formado por cristãos, muçulmanos, alauítas, drusos, ismaelitas e uma microscópica comunidade judaica, a Síria é o único país do Oriente Médio em que diferentes grupos religiosos e sectários coexistem, afora o Líbano.

Mas essa aparente harmonia começou a sofrer rachaduras com os protestos iniciados em março, despertando fantasmas de uma guerra sectária. Esse risco é ressaltado pelo regime. A alternativa a Assad, adverte, é o caos. Real ou exagerado, o perigo colocou as minorias em pânico, sobretudo a cristã, que constitui 10% da população de 23 milhões. O temor é que se repitam as perseguições ocorridas no Egito e no Iraque ou um cenário de guerra civil, como no Líbano. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/por-protecao-minorias-na-siria-defendem-o-regime/

Portanto, quando o rei Médas resolve tocar em algo, tudo vira "totô", como o Midas texano fez aos cristãos iraquianos, que sem algo que os resguardasse, se apoiavam no menos pior para ter um futuro um pouco melhor. Se em algum momento Sadam perseguia cristãos, disso ninguém duvida, mas isso era infimamente inferior aos níveis atuais.
Que Cristo Rei do Universo proteja nossos irmãos que padecem nas mãos dos muçulmanos.
Que a Virgem Maria console a todos.

Um comentário:

Evandro Monteiro disse...

Mesmo atrasado, agradeço pelas palavras...