domingo, 20 de julho de 2008

Um exemplo de cruzado: Marco Antônio Bragadino

De tradicional família da Sereníssima República de Veneza, Marco Antônio Bragadino (1523-1571), antes de ser militar, teve uma curta carreira de advogado.
Ingressando na Marinha, participou das obras de fortificação de Famagusta, na ilha de Chipre, já que aquela região sofria constantemente o assédio dos turcos, sendo nomeado, em 1569, capitão do reino de Chipre.
Àquela altura já estava difícil manter a resistência dos venezianos, já que os víveres e a munição estavam perto do fim. De personalidade decidida, não se impressionou nem mesmo quando os otomanos, liderados por Mustafá Paxá, enviaram-lhe a cabeça do governador Nicolau Dandolo.
Em 1571 os infiéis resolveram partir para a ofensiva, decididos que estavam em conquistar Chipre, até que Bragadino caiu prisioneiro. Foi então submetido a terríveis torturas: esfolado vivo nos diques de Famagusta, teve a pele recheada de palha e costurada, circulando pela cidade num macabro cortejo, além de ter o corpo esquartejado.
A notícia, em 6 de outubro de 1571, da forma infame como Bragadino morreu serviu de estímulo aos militares cristãos da Santa Liga, que se preparavam para aquela que seria a vitoriosa batalha de Lepanto, um dia depois.
* * * * *
Esses são os grandes chefes, os grandes líderes, nunca se deixam abalar com a adversidade, preferindo até entregar a vida por Cristo, pela Igreja e pela Pátria, ainda que essa última seja dirigida por corruptos.
* * * * *
Fontes:
História da Igreja em Quadrinhos. Ed. Paulinas. São Paulo. 1983.

Nenhum comentário: