quarta-feira, 4 de junho de 2008

As dificuldades no Pós-Vaticano II


No trecho do texto "A Hermenêutica e o Concílio", de Pedro Ravazzano, que está disponível no sítio do Veritatis, vemos o seguinte:

As grandes confusões originadas da interpretação do Concílio se devem ao fato que muitos religiosos, já infectados pelo gérmen do modernismo, aproveitaram essa ótica do Vaticano II para impor no pós-concílio suas visões heréticas. Claro que qualquer católico sensato e sincero, nunca enxergaria no Concílio uma ruptura com a Tradição, e levaria em questão todo o legado prévio da Igreja. Ademais, o cenário formado não foi positivo, muitos Bispos, Padres, passaram a levantar a bandeira do relativismo religioso, do marxismo, ecumenismo irenista, e muitos outros erros e heterodoxias já condenadas pelo Magistério. Quando confrontados com os ensinamentos da Esposa de Cristo, se defendiam dizendo que estavam “na esteira do Concílio”. Ora, tamanha profanação só seria cabida para aqueles que interpretassem o Vaticano II como uma refundação, como se tudo aquilo que veio antes de 1965 não tivesse mais valor. É necessário frisar que em nenhum momento os documentos conciliares defenderam os erros condenados, apenas optaram por não trazer à tona anátemas, mas sim o diálogo com o mundo, mostrando as coisas boas presentes na sociedade, mas tendo a consciência clara a respeito das sombras estabelecidas entre os homens. E como parte da Igreja Católica, como vigésimo primeiro Concílio, não poderia renegar nada do que já havia sido ensinado, muito menos rechaçar a Tradição. Concluímos então que aqueles que se pautavam no Vaticano II para ratificar suas heresias erravam absurdamente, pois enxergavam no Concílio a origem de uma nova Igreja, repudiando seu passado, e de forma ignorante compreendiam as não-condenações nos textos conciliares como a liberação do erro outrora anatemizado.

Quem foi que permitiu as aberrações litúrgicas que vemos na Igreja?
Quem realmente permitiu isso tudo foi a abertura que o Vaticano II buscou, sem anátemas e palavras duras, mas com "amor", misericórdia e muita fraternidade.
E não podemos nos esquecer nunca da diferente interpretação dos textos conciliares.
Dirão os defensores do concílio:
"É, mas qual concílio que depois de realizado não resultou em crise para a Igreja? O de Nicéia em 325 foi um deles!"
Sim, isso é verdade, entretanto, a grande diferença é que nesse caso, foram crises com gente de fora da Igreja, e no Vaticano II o que aconteceu foi crise causada por gente de dentro da Igreja!
Por que não condenaram o comunismo?
Por que não condenaram o hedonismo?
Por que não condenaram os ataques contra a família, que já estavam começando a aparecer?
Por que não reafirmar com todas as letras que FORA DA IGREJA [CATÓLICA] NÃO HÁ SALVAÇÃO?
Por que, ao invés de dialogar com o mundo, não anunciar com todas as letras e no último volume que JESUS CRISTO É O NOSSO SALVADOR, QUE MORREU NUMA CRUZ PARA NOS SALVAR?
Por que buscar diálogo com os protestantes?
Por que buscar diálogo com os infiéis do Islã?
Por que querer agradar aos judeus, se nem Paulo, judeu de raça e formação, o fez?
São muitas perguntas sem resposta.
Os padres jogaram fora a batina preta, sinal de luto pelo mundo. Hoje querem andar na moda, gastar 500 reais numa calça de marca, num tênis "da hora", ser artistas de TV, radialistas,
cowboys, etc.
Algumas freiras tornaram-se grandes desenhistas, cantoras, compositoras, etc., porém se esqueceram de mostrar as maravilhas da vida religiosa que busca e anuncia a conversão.
É melhor parar por aqui.
Devemos é rezar pela nossa santificação, a do clero e pelas intenções do Santo Padre.
E confiar na Providência Divina, sob as bênçãos de Nossa Senhora.

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