quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Uma cartinha muito especial

Carta da Comissão 8/CNBB em apoio ao 14º Grito dos/as Excluídos/as – 2008
Dom Pedro Luis Stringhini
02/08/2008

Irmãos e Irmãs!
Companheiros e companheiras!
A coordenação nacional do Grito dos Excluídos, juntamente com as Pastorais Sociais e movimentos populares, conta com o apoio e a participação de todas as comunidades, escolas e organizações sociais, na realização das diversas atividades do Grito Nacional, a se realizarem em muitas localidades do nosso País, na semana que antecede o dia 7 de setembro. Neste ano, na sua 14ª edição, o Grito dos Excluídos reforça a Campanha da Fraternidade com tema “A Vida em primeiro lugar – Direitos e participação popular”. Uma das maiores atividades do Grito dos Excluídos acontece, no dia 7 de setembro, no Santuário Nacional de Aparecida, juntamente com a Romaria dos Trabalhadores. Nos Estados, municípios, dioceses e paróquias, as iniciativas visam somar esforços em defender todas as formas de vida, desde o seu início até o seu declínio natural. O grito visa também: lutar contra as formas de exclusão e as causas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e muitas vezes sem perspectiva de futuro; denunciar a política econômica que privilegia o capital financeiro em detrimento dos direitos sociais básicos; construir alternativas que tragam esperança aos excluídos e perspectivas de vida para as comunidades locais; promover a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia; multiplicar assembléias populares para discutir a organização social a partir do Município, fortalecendo o poder popular em tempos de eleições municipais. Diante de situações de exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e o direito a uma vida digna para todo o ser humano. O compromisso com esta causa nos compromete no esforço de superação da exclusão em nosso País, participando da construção de uma sociedade justa e solidária.

Dom Pedro Luis Stringhini –
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.
São Paulo, 27 de junho de 2008.

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Observando a carta de D. Stringhini, nota-se o seguinte:
O título já é sugestivo, não quer deixar ninguém de fora: “Carta da Comissão 8/CNBB em apoio ao 14º Grito dos/as Excluídos/as – 2008” (só falta esse pessoal acusar a língua portuguesa de machista!).
E o começo da carta então?

“Irmãos e Irmãs! Companheiros e companheiras!”

Desse jeito, o autor poderia muito bem terminar a carta com um “A LUTA CONTINUA!”, ou “EXPLORADOS LATINO-AMERICANOS, UNI-VOS!”.
Mais outra do bispo:
“A coordenação nacional do Grito dos Excluídos, juntamente com as Pastorais Sociais e movimentos populares”...

Seria tão bom se os senhores bispos do Brasil deixassem de lado essa “burrocracia” cheia de movimentos, pastorais, secretarias e comissões!
Seria tão bom se os senhores bispos do Brasil voltassem à simplicidade do Evangelho e se preocupassem com a salvação das almas, ao invés de quererem encher o bucho do povão!
Já dizia o Divino Salvador:

“Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. (Mateus 4, 4)

Uma das intenções do Grito dos Excluídos (e das excluídas, claro) é, de acordo com D. Stringhini, “lutar contra as formas de exclusão e as causas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e muitas vezes sem perspectiva de futuro”. Mas o que a Bíblia diz a respeito?
Ao “grito” dos discípulos contra a unção dos pés do Senhor com perfume caro (“Poder-se-ia vender este perfume por um bom preço e dar o dinheiro aos pobres!” – Mateus 26, 9), o Redentor responde:

“Pobres vós tereis sempre convosco. A mim, porém, nem sempre me tereis”. (Mt 26, 11)

Uma coisa que chama a atenção é o fato de que o Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo só é citado uma única vez, e ainda assim para uma interpretação “social” do ministério d’Ele.
A palavra “Igreja” nem se fala, não foi citada em nenhuma oportunidade!

Agora vem o mais grave:

“...promover a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia...”

“Relações de gênero”? Isso é um apoio muito mal disfarçado à união civil entre pessoas do mesmo sexo, e o Sr. Bispo, como tal, deveria ser o primeiro a combatê-la! Para DEUS isso é uma verdadeira aberração:

“Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação.” (Levítico 18, 22)

Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario.” (Romanos 1, 27)

“Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos...” (I Coríntios 6,9)

Resumindo: é uma carta que pode ser tudo, política, filantrópica, liberal, etc... menos cristã.
Bem que D. Pedro poderia trocar o nome do cargo dele, de “Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz” por “Presidente da Comissão Laica para o Serviço do Liberalismo, Igualitarismo e do Irenismo”.
Para ele e os outros bispos que cantam a velha e desbotada canção avermelhada, o Concílio de Trento aconselha:

É também necessário que os Bispos sejam irrepreensíveis, sóbrios, castos e muito atentos ao governo das suas casas (...) evitar na (...) mesa as conversações inúteis, e em vez disso, que seja lida a sagrada Escritura”. (Sessão II do Concílio de Trento – Normas de Conduta).

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Fontes utilizadas na Internet:
http://www.gritodosexcluidos.com.br/noticias/_not247/
http://www.universocatolico.com.br/content/view/859/3/
http://www.bibliacatolica.com.br/

3 comentários:

Theophilus disse...

Isso parece um manifesto comunista.
A CNBB apostatou. Não é à toa que o país está entregue aos protestantes.
Deus tenha piedade da Terra de Santa Cruz.

Anônimo disse...

Tenho horror e vergonha da cnbb. N vejo necessidade da existência da mesma.

Carlota Joaquina disse...

Não adiantou nada. Saiu da merda e se juntou a bosta. Enquanto esse povo tiver esse tom de manifesto político, não valerá mais nada. Prefiro os evangélicos, mesmo não gostando deles. Ou então, virarei ateu de uma vez.