Era um dia normal naquele lugarejo no interior de Portugal. Três crianças faziam normalmente o trabalho pastoril até que, de repente, uma moça jovem na aparência, mas de uma imponência inigualável, lhes aparece.
Durante alguns meses de 1917, essa moça aparece a esses meninos, Lúcia, Francisco e Jacinta, pedindo urgentemente aos homnes que se convertessem, e fizessem penitência, pois o filho dela era muito ofendido com os pecados cometidos pela humanidade.
Há noventa e um anos Nossa Senhora apareceu em Fátima (falando em português!) e o mundo continua ofendendo a Nosso Senhor Jesus Cristo, e não quer mudar de atitude!
Com certeza muitas igrejas, Brasil afora, celebrarão tão importante data, só que infelizmente muitos cristãos batizados que irão às igrejas ficarão emocionados por algum momento e imaginarão aquela doce conversa entre Maria e as crianças. E só.
É isso mesmo. E só.
Bom, no máximo se lembrarão das diversas vezes em que se falou do tão propalado “sim” de Maria.
O “sim” que nos trouxe o Salvador.
O “sim” para os “projetos de Deus nas nossas vidas”.
Depois voltarão à sua vidinha normal.
Perdoe-me a franqueza, mas que sim é esse?
Isso aí é um sim muito açucarado, diria até romântico, como românticas são aquelas procissões de menininhas vestidas de anjo, cantando a oração da Ave Maria.
Como se muitas delas fossem levar adiante essa inocência de vida, quando chegarem à adolescência.
Que vai virar excrescência!
É sempre o tal do “sim” descompromissado e irresponsável, é aquela coisa doce, que só sabe usar do “remédio de misericórdia” do papa João XXIII.
E a penitência? E a conversão? E a oração?
Foram pro espaço!
A menina Jacinta se revoltava com a profunda irreverência daqueles que se portavam na Missa como se estivessem num lugar qualquer, ou com aquelas pessoas, sobretudo as mulheres, que se vestiam despudoradamente ao receber a Comunhão.
A Virgem naquele tempo já alertava sobre as modas indecentes ofensivas a Deus.
E hoje?
Vemos mulheres (e homens) indecentes dentro da igreja, como se estivessem num zonão!
Me desculpe pela expressão!
Indecentes por fora... e por dentro.
O padre não pode falar de conversão e arrependimento dos pecados por mero costume, ele tem que cobrar do povo, tem que ser pai do povo.
Um pai que seja enérgico se necessário, mas afável quando for merecido.
Não pode ser bobo, frouxo, omisso, que fica com medo das pessoas se chatearem e o dízimo não mais pagarem.
Se até o papa Bento XVI se preocupa mais com a qualidade do que com a quantidade!
O dinheiro do dízimo passa, o que importa é salvação das almas dos fiéis.
Que valem mais que dois contos de réis!
Tem que ser duro quando necessário, O próprio Cristo foi enérgico com os cambistas do Templo de Jerusalém!
Mas voltando ao assunto: em 1917 acontecia a feroz Grande Guerra.
E a Virgem alertou aos pequenos de Fátima que, se a humanidade persistisse em ofender a Deus e a Nosso Senhor Jesus Cristo, viria uma outra guerra, ainda pior!
E ela veio em 1939.
Os homens se converteram?
Acho que não.
Chegará um dia em que todos os avisos cessarão.
Aí será tarde demais.
Quem continuar obstinado no erro e no pecado, naquela vidinha dupla de cristão que vai à missa no domingo, e que de segunda a sábado age e vive com um pagão convicto, vai se arrepender.
Muitos chorarão porque não se prepararam para receber o noivo, como aquelas dez virgens imprudentes da parábola (Mateus XXV, 1-13).
Espero que eu, pecador que sou, não faça parte desse “time”.
E todos também.
O recado foi dado. Há noventa e um anos.
E foi a própria Mãe do Salvador que avisou!
“Fazei tudo o que Ele vos disser” (João II, 5).
Ó Virgem de Fátima, que num mundo atormentado pela terrível guerra, fizeste a advertência por meio dos pastorinhos, interceda por todos nós, pecadores para que, quando teu Glorioso Filho voltar a esta terra, nos encontre em prontidão, sem nunca esmorecer por causa do pecado, e nos conduza ao reino Celestial, para vivermos eternamente na contemplação da Sagrada face do Senhor. Amém.
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Fontes:
Bíblia Católica Online
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